Agrupamento de Escolas de Ansião em ação solidária Recolha de bens para enviar para o povo da Ucrânia

    Nós, Europeus, tivemos o privilégio de viver em paz desde meados dos anos quarenta do século XX, graças a pessoas com uma enorme visão, que projetaram o início de algo que até então era uma utopia: criaram um conceito de integração e desenvolveram o significado de globalização, de cidadãos europeus e interajuda que conhecemos hoje. Jean Monnet, Robert Schuman, ambos políticos franceses, são considerados os arquitetos deste projeto de integração europeia, que se tornou muito mais que a liberalização do carvão e do aço (foi além da economia, das políticas sociais, da saúde, da educação, entidades comuns). Esse (Este) projeto europeu tornou-se nos cidadãos e tornou-se num emblema de defesa do Estado de Direito e dos Direitos Humanos, não só a nível europeu como a nível internacional.

    Agora que a Rússia comprometeu irremediavelmente os objetivos que estão na génese da atual União Europeia e da Organização das Nações Unidas, que são garantir a paz e a prosperidade da Europa e do Mundo, que nos sirvam de inspiração a coragem e o empenho destes Pioneiros na defesa de valores fundamentais, como o respeito pela dignidade humana, a solidariedade e a proteção de todos.

    Imbuídos deste espírito, foi extraordinário ver o entusiasmo da comunidade educativa do AEA, alunos, pais, assistentes operacionais e técnicos e professores. O entusiasmo dos alunos foi enorme, desde os da educação pré-escolar e alunos do 1.º Ciclo até aos alunos mais velhos do ensino secundário.

    Os bens recolhidos no AEA foram encaminhados para a Escola Básica N.º 2 de Avelar e EBSPJM, em articulação com a área social do Município que procedeu à recolha e encaminhará os bens ao seu destino.

    A recolha e triagem dos bens foi, para todos os envolvidos, um exercício de empatia e cidadania, durante o qual se verbalizaram os sentimentos pela dor do outro e crescia o desejo de ajudar, bem como da necessidade de manter a paz no mundo, porque ninguém gostaria de viver as angústias dos refugiados.

    Aprendeu-se que a solidariedade nos recompensa com emoções e inunda os corações de sentimentos puros e dignos porque é a entreajuda que nos torna fortes.