Águia salva por Professora Primária

25-01-2013 17:26

 

Na sua paragem habitual numa pastelaria de Santiago da Guarda, para tomar café, a professora Anabela Bacalhau assistiu a algo insólito. Uma residente da localidade entrou na pastelaria, segurando uma ave de grande porte pelas patas e pedindo que lhe identificassem aquele “pássaro” que havia apanhado a bicar uma das suas galinhas, na capoeira.

A professora Anabela imediatamente reconheceu a ave como da família as águias. A ave era grande, com penas castanhas e amarelas, olhos cor-de-laranja, bico grosso e retorcido e umas garras pretas e afiadas. Então, a professora pediu à senhora que a deixasse com ela, pois tratava-se de uma espécie em vias de extinção que ela entregá-la-ia a um parque biológico. A senhora acedeu ao pedido da professora, que colocou a ave na mala do seu carro e se dirigiu à escola primária onde trabalha. Já na escola, com a ajuda do professor António, fechou a águia numa sala, dentro de uma caixa e presa com uma cadeira, e contactou o parque biológico da Serra da Lousã no sentido de virem recolher a ave e tratarem dela. A professora dirigiu-se à sala de aula e partilhou o sucedido com a sua turma de 3.º ano, que não escondeu a curiosidade e a ansiedade. À hora do almoço, foram espreitar a águia, mas ela já havia conseguido libertar-se da sua “gaiola” improvisada e encontrava-se junto às vidraças da sala.

Após novo contacto para o parque biológico, a professora foi informada de que aquela instituição não tinha disponibilidade para se deslocar a Santiago da Guarda para recolher o animal. Desta forma, todos optaram por libertar a ave, que rapidamente voou em liberdade.

Nesse dia a escola teve a companhia de um “aluno” diferente. Mas que ave seria aquela? Não há certezas se seria uma águia, um milhafre ou um falcão, pois todos são parecidos...

 

Professora Angélica Oliveira

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