Dia Internacional da Mulher: um dia de muitos dias de luta diária

18-03-2021 14:11

    O 8 de março é muito mais que um dia de flores. O 8 de março ganhou asas com o auxílio de fortes mulheres dignas de se dar voz. O primeiro grande passo deu-se durante a segunda conferência internacional das mulheres em Copenhaga, 1910, onde Clara Zetkin (figura histórica do feminismo) propôs que as operárias do mundo inteiro se unissem e construíssem um dia exclusivamente para as mulheres com o objetivo de promover o direito ao voto feminino. A questão descrita volta a ganhar força quando, no dia 8 de março de 1917, as mulheres russas estabeleceram esse dia como data comemorativa da luta das mulheres. Paralelamente, em Petrogrado, as operárias e os familiares de soldados do exército russo saíram à rua em forma de manifestação pelo fim da monarquia e contra a participação da Rússia na Primeira Guerra Mundial. O 8 de março foi consagrado Dia Internacional da Mulher pelas Nações Unidas quase 70 anos depois, em 1975, e é fruto da inquebrável força feminina.


    Eu, enquanto mulher determinada a lutar pelas mulheres até ao meu último suspiro, defino o 8 de março como um “memorável passo” dado pelas mais memoráveis mulheres. A importância da mulher não se limita a um 8 de março. A luta da mulher não se limita a um 8 de março. O respeito pela mulher não se limita a um 8 de março. Todos os dias são dias da mulher, todos os dias da mulher são uma luta. A minha luta começa quando saio daquela porta e estou sob o céu opressor da mulher. Eu não quero ser vítima de assédio, eu não quero ser morta, eu não quero ser objetificada. Eu quero voar como borboleta, eu quero ser mulher de alma livre. Luto contra um medo incessante de ser mulher e inspiro-me nas mais revolucionárias mulheres. A pintora mexicana Frida Kahlo é, claramente, a minha principal inspiração, devido à sua trajetória de vida e, também, àquela especial ousadia de quebrar estereótipos. Maud Wagner, Malala Yousafzai, Carolina Beatriz Ângelo são exemplos de outras grandíssimas mulheres, mulheres donas da minha força incontrolável.     Nasci para fazer história. Não me vou calar!

“Metade do mundo são mulheres. A outra metade são os filhos delas.”, Eiu Nyaki

 

Sandra Santos, n.º 23, 10.º D

 

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