“O Português é o que nos Une” e a “A MELHOR CARTA”

02-04-2025 22:03
 
“A Fundação Portuguesa das Comunicações convidou os alunos a participar na 54ª Edição do Concurso Internacional de Composições Epistolares para Jovens. Este ano, o tema do concurso é o seguinte: “Imagina que és o oceano. Escreve uma carta a alguém para lhe explicar por que razão deveria cuidar de ti e como deveria fazê-lo.” O concurso destina-se a jovens entre os 9 e os 15 anos e é promovido internacionalmente pela União Postal Universal (UPU) que procura, através desta iniciativa, proporcionar aos jovens um concurso para estimular a sua eloquência e criatividade, num discurso escrito sobre o futuro que imaginam para o mundo. Os participantes deverão escrever uma carta sobre o tema proposto e remetê-la à Fundação Portuguesa das Comunicações. Um júri lerá todas as cartas e serão escolhidos os vencedores da edição nacional, para cada categoria etária, a quem serão atribuídos prémios.”
 In Regulamento Melhor Carta 2025
 

No âmbito do projeto “O Português é o que nos Une”, promovido pela Biblioteca Escolar e desenvolvido pela professora Isabel Moniz na turma do 4.º ano de Avelar, os alunos Ebenezer Armindo e Duarte Ferreira escreveram a seguinte carta ao Sr. Comandante de um Navio Carregueiro, imaginando ser o Oceano Atlântico. Eles esperam que seja a  MELHOR CARTA.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Oceano Atlântico, 20 de fevereiro de 2025
 
Caro Senhor Comandante de um Navio Carregueiro
 
Sou o Oceano Atlântico e todos os dias vejo o seu Carregueiro a passar por mim. Sei que leva mercadorias muito importantes para as pessoas terem uma vida melhor mas, cada vez que passa por mim, há coisas más que acontecem: com o barulho dos motores os meus amigos peixinhos fogem para outros sítios e alguns até morrem e eu fico sozinho; o fumo dos motores ajuda a aquecer a água e as algas ficam doentes e,  nesses dias, eu sinto-me a sufocar com falta de oxigénio; cada vez que passa nas minhas águas, ficam produtos tóxicos em mim e eu fico muito mal disposto. E mais, alguns produtos que carrega vêm para mim depois de serem usados e eu fico todo sujo. Os meus amigos das praias não podem brincar comigo porque podem ficar doentes por causa da minha poluição. Por tudo isto, cada vez que passa por mim, eu fico um bocadinho mais doente.
Senhor comandante, quando chegar ao porto de destino, diga às pessoas para consumirem mais produtos da sua terra para o senhor Comandante não fazer tantas viagens com o seu Carregueiro. Também lhes diga para usarem durante mais tempo os produtos que carrega e que os ponham no sítio certo quando os deitarem fora. Assim eu podia ficar melhor.
Sr. Comandante, tenho outro pedido. Se conhecer alguns líderes do Mundo, diga-lhes que eu preciso da ajuda deles porque eu estou a morrer aos poucos e eu não quero. Dentro de mim só há plásticos, eletrodomésticos, pneus dos carros e outras coisas que as pessoas deitam fora. Assim, os peixes, as estrelas do mar, os golfinhos, as baleias e outros seres vivos que vivem em mim morrem e eu morro com eles. Também diga aos senhores líderes do Mundo que eu tenho um papel muito importante no Clima. Eu absorvo o dióxido de carbono que vai para o ar através dos carros, das fábricas, dos aviões, dos barcos e, também, do seu Carregueiro, e ajudo a equilibrar a temperatura da Terra mas, como estou a ficar doente, já não consigo fazer isso muito bem. Por isso é que há muitas tempestades e, às vezes, faz muito calor. Também, por isso, é que o gelo está a derreter nos polos e eu sou obrigado a inundar alguns sítios onde as pessoas vivem e elas têm que se ir embora. Acho que os senhores líderes do Mundo sabem isso, porque falam em “Refugiados do Clima”, mas parece que não percebem o quanto é mau. Se o Sr. Comandante conseguisse fazer com que eles percebam, eu ficava muito agradecido.
Esta carta já vai longa. Por isso, agradeço a sua paciência para a ler e espero que consiga fazer aquilo que lhe peço. Também espero que a partir de hoje faça menos viagens por mim, para que o Planeta fique mais limpo e eu mais saudável.
Despeço-me com um grande abraço e com a esperança de um dia o voltar a ver numa praia de areia limpa e águas transparentes. Até breve.
Oceano Atlântico
    “A Fundação Portuguesa das Comunicações convidou os alunos a participar na 54ª Edição do Concurso Internacional de Composições Epistolares para Jovens. Este ano, o tema do concurso é o seguinte: “Imagina que és o oceano. Escreve uma carta a alguém para lhe explicar por que razão deveria cuidar de ti e como deveria fazê-lo.” O concurso destina-se a jovens entre os 9 e os 15 anos e é promovido internacionalmente pela União Postal Universal (UPU) que procura, através desta iniciativa, proporcionar aos jovens um concurso para estimular a sua eloquência e criatividade, num discurso escrito sobre o futuro que imaginam para o mundo. Os participantes deverão escrever uma carta sobre o tema proposto e remetê-la à Fundação Portuguesa das Comunicações. Um júri lerá todas as cartas e serão escolhidos os vencedores da edição nacional, para cada categoria etária, a quem serão atribuídos prémios.”
 In Regulamento Melhor Carta 2025
 
    No âmbito do projeto “O Português é o que nos Une”, promovido pela Biblioteca Escolar e desenvolvido pela professora Isabel Moniz na turma do 4.º ano de Avelar, os alunos Ebenezer Armindo e Duarte Ferreira escreveram a seguinte carta ao Sr. Comandante de um Navio Carregueiro, imaginando ser o Oceano Atlântico. Eles esperam que seja a  MELHOR CARTA.
Oceano Atlântico, 20 de fevereiro de 2025
 
Caro Senhor Comandante de um Navio Carregueiro
 
    Sou o Oceano Atlântico e todos os dias vejo o seu Carregueiro a passar por mim. Sei que leva mercadorias muito importantes para as pessoas terem uma vida melhor mas, cada vez que passa por mim, há coisas más que acontecem: com o barulho dos motores os meus amigos peixinhos fogem para outros sítios e alguns até morrem e eu fico sozinho; o fumo dos motores ajuda a aquecer a água e as algas ficam doentes e,  nesses dias, eu sinto-me a sufocar com falta de oxigénio; cada vez que passa nas minhas águas, ficam produtos tóxicos em mim e eu fico muito mal disposto. E mais, alguns produtos que carrega vêm para mim depois de serem usados e eu fico todo sujo. Os meus amigos das praias não podem brincar comigo porque podem ficar doentes por causa da minha poluição. Por tudo isto, cada vez que passa por mim, eu fico um bocadinho mais doente.
Senhor comandante, quando chegar ao porto de destino, diga às pessoas para consumirem mais produtos da sua terra para o senhor Comandante não fazer tantas viagens com o seu Carregueiro. Também lhes diga para usarem durante mais tempo os produtos que carrega e que os ponham no sítio certo quando os deitarem fora. Assim eu podia ficar melhor.
Sr. Comandante, tenho outro pedido. Se conhecer alguns líderes do Mundo, diga-lhes que eu preciso da ajuda deles porque eu estou a morrer aos poucos e eu não quero. Dentro de mim só há plásticos, eletrodomésticos, pneus dos carros e outras coisas que as pessoas deitam fora. Assim, os peixes, as estrelas do mar, os golfinhos, as baleias e outros seres vivos que vivem em mim morrem e eu morro com eles. Também diga aos senhores líderes do Mundo que eu tenho um papel muito importante no Clima. Eu absorvo o dióxido de carbono que vai para o ar através dos carros, das fábricas, dos aviões, dos barcos e, também, do seu Carregueiro, e ajudo a equilibrar a temperatura da Terra mas, como estou a ficar doente, já não consigo fazer isso muito bem. Por isso é que há muitas tempestades e, às vezes, faz muito calor. Também, por isso, é que o gelo está a derreter nos polos e eu sou obrigado a inundar alguns sítios onde as pessoas vivem e elas têm que se ir embora. Acho que os senhores líderes do Mundo sabem isso, porque falam em “Refugiados do Clima”, mas parece que não percebem o quanto é mau. Se o Sr. Comandante conseguisse fazer com que eles percebam, eu ficava muito agradecido.
    Esta carta já vai longa. Por isso, agradeço a sua paciência para a ler e espero que consiga fazer aquilo que lhe peço. Também espero que a partir de hoje faça menos viagens por mim, para que o Planeta fique mais limpo e eu mais saudável.
Despeço-me com um grande abraço e com a esperança de um dia o voltar a ver numa praia de areia limpa e águas transparentes. Até breve.
Oceano Atlântico
 

 

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