Tráfico de seres humanos

    No dia 31 de janeiro, realizou-se, na Escola Básica n.º 2 de Avelar, no âmbito do Projeto de Educação para a Saúde e Educação Sexual, em parceria com a APF (Associação do Planeamento da Família), uma sessão sobre tráfico de seres humanos.

    Esta atividade foi desenvolvida por duas técnicas da APF e decorreu na sequência da comemoração do Dia Escolar da Não Violência e da Paz (30 de janeiro) e do Dia Internacional dos Direitos Humanos (10 dezembro), em articulação com a Biblioteca Escolar. Esta sessão caraterizou-se por um grande dinamismo, participação e curiosidade dos alunos.

    O tráfico de seres humanos viola os direitos humanos e afeta milhões de pessoas no mundo, sendo necessário sinalizar, identificar e apoiar as vítimas. A APF intervém neste processo, gerindo Equipas Multidisciplinares Especializadas (EME) e o CAP (Centro de Acolhimento e Proteção).

    Os alunos participaram em dinâmicas para identificar mitos relativos ao tráfico de seres humanos. Ficaram a saber que não existe tráfico apenas quando se transpõe uma fronteira e  que, no tráfico de seres humanos, as pessoas são utilizadas como “mercadoria”, sendo o direito à saúde negado, assim como o direito à religião.

    Foram dados exemplos reais de situações de tráfico de exploração sexual, exploração laboral, extração e venda de órgãos para transplante e ainda mendicidade forçada. Os agressores aproveitam-se da vulnerabilidade das vítimas, maior nas mulheres e nas crianças. Situações de pobreza, exclusão social, desigualdades socias, reduzidos níveis de escolaridade, corrupção e conflitos armados são algumas das causas. Foram ainda divulgados contactos de apoio às vítimas em que os denunciantes têm direito ao anonimato. É muito importante consciencializar a população geral sobre esta realidade, muitas vezes invisível.

«Não existe um caminho para a paz, a paz é o caminho.» - Mahatma Gandhi