PROJETO PALAVRINHAS:

 “Uma janela aberta para o mundo”

 

    O Palavrinhas é, na sua essência, um jornal escolar. Pensado em 1996, surgiu integrado num projeto mais amplo, o clube A Palavra que, no âmbito da língua mãe, pretendia incrementar o gosto pelo português, juntamente com oficinas de escrita e de leitura e o clube de teatro.

    O Palavrinhas veio suprir, também, aquilo que se considerou uma lacuna na escola, a ausência de um jornal escolar. Pensámos e continuamos a pensar que uma escola ou um agrupamento que se preze deve ter um instrumento que transmita o que lá se passe, deve ser capaz de comunicar com o exterior, deve ser capaz de promover a criatividade e o espírito crítico.

    Em Março de 1997, o nosso jornal apareceu pela primeira vez, num formato muito incipiente. Com muito poucos computadores na escola e.b.2,3.de Avelar, e apenas um com acesso à internet, o Palavrinhas teceu-se a cortes de tesoura e a tubos de cola. Os primeiros quatro números foram assim.

    1999 marcou um ponto de viragem significativo na qualidade do jornal. A partir desse momento, com o jornal no seu número 5, todo o jornal foi construído informaticamente. A qualidade gráfica, aliada à melhor qualidade das fotografias, redimensionaram o Palavrinhas.

    Em 2001, o jornal ganhou uma outra dimensão, deixando de ser apenas o jornal de uma comunidade educativa para ser um jornal para o mundo. José António Abreu, Mário Júlio Marinho, e Paulo Alves, depois de uma ação de formação promovida pelo Centro de Competência Entre Mar e Serra, criaram a versão eletrónica do Palavrinhas, cujo endereço foi na época https://agavelar.ccems.pt/palavrinhas. Hoje tem este endereço onde pode consultar todo arquivo desde 2001.

    Atualizado regularmente (podendo-se consultar integralmente o jornal em formato pdf, desde o número cinco) e bem organizado, a versão online deu outra projeção ao Agrupamento de Escolas de Avelar criado em 2000. A sua qualidade viria mesmo a ser reconhecida no concurso nacional de jornais escolares promovido pelo jornal O Público, ganhando uma menção honrosa, em 2003/04.

    Desde esses momentos até hoje, as duas versões do Palavrinhas consolidaram-se, ganharam espaço na comunidade educativa. Dos 50 exemplares do primeiro número em 1997 até às mais de 400 subscrições deste ano letivo, pode dizer-se que houve um processo evolutivo com fases bem delineadas que proporcionaram saltos qualitativos. Na realidade, o percurso de 14 anos foi marcado pela aprendizagem, pelo gozo de comunicar e de ensinar. Dezenas e dezenas de alunos participaram ativamente na elaboração do Palavrinhas ao longo destes anos e consubstanciaram, nas centenas de artigos da sua autoria, todo o pulsar, toda a vivência de uma escola, primeiro, e depois de um agrupamento com cerca de 500 alunos, dos quais perto de 50% fez uma assinatura do jornal em 2009/2010.

    Com orgulho, nós gostamos do Palavrinhas e sabemos que tem uma missão a cumprir, sabemos que é palavra a palavra que se conta a história de momentos importantes na vida dos nossos alunos e também dos professores e de toda a comunidade educativa.

    Como pretendeu transmitir Gedeão num poema conhecido, o poder da palavra não tem limites, abrindo constantemente uma janela para o mundo.

    O ano de 2010/2011 foi um ano de transição na vida do Palavrinhas. No novo Agrupamento de Escolas de Ansião, o Palavrinhas não foi, na realidade, ainda, um jornal do Agrupamento, embora professores de outras escolas, que não somente da Escola n.º 2 de Avelar, tenham participado. Foram vários os professores e educadores do Agrupamento e os seus alunos que participaram com textos e imagens.

    Hoje, porém, neste ano letivo de 2011/12, o Palavrinhas prepara-se para ir mais além. Quer ser, não apenas nas palavras mas efetivamente, o jornal do Agrupamento, onde caibam todos os professores/educadores e todos os alunos. As atividades, as criações, os artigos, as reportagens e as entrevistas merecem ter visibilidade e ser transmitidas à comunidade. As mais de 400 subscrições, nos diversos ciclos de ensino, provam a implementação do projeto e exigem a todos nós ainda maior responsabilidade na elaboração de um jornal que é de todos e que primará, obviamente, pelo rigor, pela criatividade e pela liberdade editorial.

    Pela sua história e pelo que pretende, assume-se e pretende-se que o jornal permaneça como um projeto exequível e com visibilidade, quer na sua vertente em papel quer na versão online.

    Para tanto, a equipa de professores responsáveis pelo jornal, composta, para já, pelos professores José António Abreu, Mário Júlio Marinho e  Maria José Peres , agradece a todos aqueles que colaboraram com textos para este número, alunos, professores, educadoras, direção do agrupamento, associação de pais (APEE), e CENFORMAZ, permitindo que, desta forma, o que se passa dentro das nossas escolas, públicas, seja divulgado e conhecido por toda a comunidade educativa.